via Centenário da República by joaoamorimblogge@gmail.com (João Amorim) on 10/22/08
"Falei então ao sr. de Almeida sobre a visita às prisões e Lisboa. Foi motivo para que ele verberasse, uma vez mais, os processos do sr. Afonso Costa.
– Contra estes processos, disse-me, já eu protestei na Camara e não cesso de protestar, tanto no meu jornal como nas assembleias publicas. (...) Comtudo não posso admitir que qualquer individo suspeito de preferencias pelo monarquismo seja preso pela mais arbitraria das formas e acho perfeitamente intoleravel que os presos estejam, até ser julgados, numa longa detenção preventiva – e as mais das vezes ainda em que escandalosas condições! Repito o que já disse este regime que não tem nada de republicano, que é a propria negação de Republica, não pode continuar durando. E é que não durará. Dê lá por onde dér, e no intuito de lhe por côbro, empregarei toda a minha energia...
– Quando ia retirar-me perguntei ao sr. de Almeida se julgava possivel uma restauração monarquica.
– No estado de anarquia em que nos debatemos pode vingar um golpe de audácia.
(...) "
Jornal "República". Entrevista a António José de Almeida, 4 de Novembro de 1913.
E no estado de anarquia em que nos debatemos fará sentido que Comemoração?
Isso é que é uma audácia!
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