via Legião Vertical de LEGIÃO VERTICAL em 13/05/09
Mas pode-se também prescindir de pressupostos institucionais e falar de uma Direita nos termos de uma orientação espiritual e de uma concepção do mundo. Então, ser de Direita significa, além de estar contra a democracia e contra todas as mitologias socialistas, defender os valores da Tradição como valores espirituais, aristocráticos e guerreiros (…) Significa, além disso, alimentar um certo desprezo face ao intelectualismo e em relação ao fetichismo burguês do "homem culto" (…) Ser de Direita significa também ser conservador, ainda que não num sentido estático. O pressuposto óbvio é que exista algo subsistente digno de ser conservado (…) De qualquer modo, ao afirmar que uma Direita não deve ser caracterizada por um conservadorismo estático quer-se dizer que devem, isso sim, existir certos valores ou certas ideias-base operando como um firme terreno, e que aos mesmos se devem dar diferentes expressões, adequadas ao desenvolvimento dos tempos, para não se ser ultrapassado, para retomar, controlar e incorporar tudo aquilo que se vai manifestando à medida que as situações variam. Este é o único sentido no qual um homem de Direita pode conceber o "progresso" (…) O "progressismo" é uma quimera estranha a toda a posição de Direita. Também o é porque numa consideração geral do curso da história, com referência aos valores espirituais, não aos materiais, às conquistas técnicas, etc., o homem de Direita é levado a reconhecer uma descida, não um progresso e uma verdadeira subida. Os desenvolvimentos da sociedade actual não podem senão confirmar esta convicção. As posturas de uma Direita são necessariamente anti-societárias, anti-plebeias e aristocráticas; de tal modo que a contraparte de tudo isto será a afirmação do ideal de um Estado bem estruturado, orgânico, hierárquico, regido por um princípio de autoridade.
- Julius Evola, "Ser de Direita"
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