via NOVA ÁGUIA by Direcção: Paulo Borges, Celeste Natário e Renato Epifânio on 7/10/08
Nova Águia» é o título de uma revista de cultura para o século XXI. O primeiro número, correspondente ao 1.° semestre de 2008, encontra -se actualmente em apresentação em diversas localidades do País. Em Lisboa, ela realizou-se no pretérito dia 31 de Maio, concitando um amplo salão totalmente lotado.
O título retoma... e renova o património da «Renascença Portuguesa», que teve a revista «A Águia» (19101932) por órgão promocional. Nesses distantes anos do início do século XX, e nas palavras de Teixeira de Pascoaes, o movimento renascentista convidou e motivou todas as forças construtivas a organizarem-se e a trabalharem no sentido de retirar a pátria de um momento genésico, mas caótico. Pela primeira vez, e de um modo transparente à propaganda de ideologias meramente politicas, ávidas de poder, «A Águia» veiculou um sistema de princípios filosóficos e patrióticos, entre eles o do primado da educação para a República. A avidez do poder não pensou nesse argumento de fundo, que fosse o de a República não ser nem possível, nem benéfica, sem a prévia educação do povo em geral, e dos escóis em particular, para a participação na vida da cidade nova. «A Águia», conforme escreveu um dos seus mentores, a revista surgia num momento em que os portugueses viviam um sentimento de mal estar, mas com o desejo de alguma coisa (não se sabia bem o quê) que unisse e que, estranho aos bandos partidários, orientasse a vida nacional para a transcensão da crise e a edificação de uma cidade realmente nova.
«Renascença Portuguesa»
O movimento da «Renascença Portuguesa», que terminou enquanto tal nos anos 30, floresceu como as raízes do imorredoiro plátano, que, abatido, das suas raízes brotam múltiplos rebentos, nenhum igual a outro, mas todos bebendo da mesma seiva. Com efeito, desde então que as mais significativas publicações culturais, de natureza simplesmente literária, ou de índole filosófica e política, se reivindicam da matriz renascentista. Não apenas as publicações que nela radicando dela se afastarem (caso da «Seara Nova») mas também aquelas que mantiveram a magistralidade da Escola Portuense (caso do movimento da «Filosofia Portuguesa», da experiência da «Nova Renascença», ou antes, da Renovação Democrática) constituídas por um considerável número de pensadores oriundo dessa fonte, mas aos quais não foi concedido o acesso ao poder.
É num quadro de miserabilidade e de incoerência, de parlapatismo e de uma oratória mal alinhavada, cujas promessas soam a falso, mas que o povo ouve e passa (porque não dispõe de poder para clamar, basta!), que surge esta revista que se propõe continuar o projecto da «Renascença Portuguesa» e aos correlativos movimentos posteriores, com uma circular abertura ao pluralismo, nela cabendo todas as vozes que, para além dos sectarismos estéreis, e das corporações de interesses como são os Partidos, acreditem no renascimento do oprimido Portugal e na construção da comunidade lusófona, abrindo ao homem uma vida livre, consciente, solidária, plena e total. Desde 1932, ano de encerramento de «A Águia» que ao País não fora proposto um tão ciente e consciente documento programático de vida pátria.
A ideia de Pátria
Envolvendo desde já cerca de quinhentas personalidades aderentes, a revista é dirigida pelos professores Paulo Borges, Celeste Natário e Renato Epifânio, unindo, tal como outrora, os núcleos de Lisboa e do Porto (a nível da Direcção) largamente apoiados por escritores e pensadores de outros países, sobretudo das regiões lusófonas e de simpatizantes da lusofonia ou da cultura portuguesa (lusíada).Este 1.° número é totalmente preenchido por estudos relativos à ideia de Pátria e à sua actualidade. Tal ideia gerou textos de natureza filosófica, poética e crítica, num vastíssimo painel em que, todavia, sobressai o Manifesto da revista, um documento em dez artigos: a recriação da revista para transformação das mentalidade a análise da profunda crise de Portugal e a sua aspiração a algo de novo; a morte a refundação de Portugal; o sentido português em busca as comunidade humana contra a civilização dominante; as virtualidades e o universalismo da lusofonia; a promoção geral dos valores portugueses face à globalização; tomar a Pátria lusófona uma alternativa mundial; libertação dos complexos que nos aprisionam; a apresentação do Movimento Internacional Lusófono (MIL); e, por fim, o desafio — unir céu e terra, levantar vôo e, de pés fincados na terra, que a águia, com coração de pomba, liberte os corações dos seres. Trinta anos depois de nos terem prometido uma sociedade alegre e justa, vivemos amargurados de tristeza e de pobreza, ignorando o que os eleitos gestores do Estado, tanto os situacionistas como os oposicionistas (se é que os há!), farão, se, e quando, meditarem as páginas da «Nova Águia», onde se anulam posições dextras e sinistras, dando lugar à contemplação activa da Pátria, que, segundo Bruno e Pascoaes, foi sempre infeliz com os políticos.
O título retoma... e renova o património da «Renascença Portuguesa», que teve a revista «A Águia» (19101932) por órgão promocional. Nesses distantes anos do início do século XX, e nas palavras de Teixeira de Pascoaes, o movimento renascentista convidou e motivou todas as forças construtivas a organizarem-se e a trabalharem no sentido de retirar a pátria de um momento genésico, mas caótico. Pela primeira vez, e de um modo transparente à propaganda de ideologias meramente politicas, ávidas de poder, «A Águia» veiculou um sistema de princípios filosóficos e patrióticos, entre eles o do primado da educação para a República. A avidez do poder não pensou nesse argumento de fundo, que fosse o de a República não ser nem possível, nem benéfica, sem a prévia educação do povo em geral, e dos escóis em particular, para a participação na vida da cidade nova. «A Águia», conforme escreveu um dos seus mentores, a revista surgia num momento em que os portugueses viviam um sentimento de mal estar, mas com o desejo de alguma coisa (não se sabia bem o quê) que unisse e que, estranho aos bandos partidários, orientasse a vida nacional para a transcensão da crise e a edificação de uma cidade realmente nova.
«Renascença Portuguesa»
O movimento da «Renascença Portuguesa», que terminou enquanto tal nos anos 30, floresceu como as raízes do imorredoiro plátano, que, abatido, das suas raízes brotam múltiplos rebentos, nenhum igual a outro, mas todos bebendo da mesma seiva. Com efeito, desde então que as mais significativas publicações culturais, de natureza simplesmente literária, ou de índole filosófica e política, se reivindicam da matriz renascentista. Não apenas as publicações que nela radicando dela se afastarem (caso da «Seara Nova») mas também aquelas que mantiveram a magistralidade da Escola Portuense (caso do movimento da «Filosofia Portuguesa», da experiência da «Nova Renascença», ou antes, da Renovação Democrática) constituídas por um considerável número de pensadores oriundo dessa fonte, mas aos quais não foi concedido o acesso ao poder.
É num quadro de miserabilidade e de incoerência, de parlapatismo e de uma oratória mal alinhavada, cujas promessas soam a falso, mas que o povo ouve e passa (porque não dispõe de poder para clamar, basta!), que surge esta revista que se propõe continuar o projecto da «Renascença Portuguesa» e aos correlativos movimentos posteriores, com uma circular abertura ao pluralismo, nela cabendo todas as vozes que, para além dos sectarismos estéreis, e das corporações de interesses como são os Partidos, acreditem no renascimento do oprimido Portugal e na construção da comunidade lusófona, abrindo ao homem uma vida livre, consciente, solidária, plena e total. Desde 1932, ano de encerramento de «A Águia» que ao País não fora proposto um tão ciente e consciente documento programático de vida pátria.
A ideia de Pátria
Envolvendo desde já cerca de quinhentas personalidades aderentes, a revista é dirigida pelos professores Paulo Borges, Celeste Natário e Renato Epifânio, unindo, tal como outrora, os núcleos de Lisboa e do Porto (a nível da Direcção) largamente apoiados por escritores e pensadores de outros países, sobretudo das regiões lusófonas e de simpatizantes da lusofonia ou da cultura portuguesa (lusíada).Este 1.° número é totalmente preenchido por estudos relativos à ideia de Pátria e à sua actualidade. Tal ideia gerou textos de natureza filosófica, poética e crítica, num vastíssimo painel em que, todavia, sobressai o Manifesto da revista, um documento em dez artigos: a recriação da revista para transformação das mentalidade a análise da profunda crise de Portugal e a sua aspiração a algo de novo; a morte a refundação de Portugal; o sentido português em busca as comunidade humana contra a civilização dominante; as virtualidades e o universalismo da lusofonia; a promoção geral dos valores portugueses face à globalização; tomar a Pátria lusófona uma alternativa mundial; libertação dos complexos que nos aprisionam; a apresentação do Movimento Internacional Lusófono (MIL); e, por fim, o desafio — unir céu e terra, levantar vôo e, de pés fincados na terra, que a águia, com coração de pomba, liberte os corações dos seres. Trinta anos depois de nos terem prometido uma sociedade alegre e justa, vivemos amargurados de tristeza e de pobreza, ignorando o que os eleitos gestores do Estado, tanto os situacionistas como os oposicionistas (se é que os há!), farão, se, e quando, meditarem as páginas da «Nova Águia», onde se anulam posições dextras e sinistras, dando lugar à contemplação activa da Pátria, que, segundo Bruno e Pascoaes, foi sempre infeliz com os políticos.
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