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Para o caso presente, não interessa tanto conhecer os pormenores da aventura de Pêro da Covilhã, quanto o saber se teriam chegado ao conhecimento do rei de Portugal as informações por este escudeiro obtidas, no seu périplo pelo Oriente. Sabe-se que, quando regressava a Portugal, Pêro da Covilhã terá encontrado no Cairo um mensageiro de D. João II que lhe transmitiu a ordem real de se dirigir para sul, em demanda dos reinos do Preste João. O que ele fez, não sem antes ter enviado para Lisboa um extenso relatório do que ele tinha visto e sabido. Segundo o cronista Castanheda, Pêro da Covilhã «escreveu a El-Rei tudo o que tinha sabido do Preste, e onde era seu senhorio, e assim o que vira da Índia e de Ormuz, e a carregação que se fazia em Calecute de especiaria, droga e pedraria, e que Calecute e Cananor estavam na costa, e podia-se navegar para lá pela sua costa e mar da Guiné, indo demandar Sofala, donde podiam ir tomar a costa de Calecute», embora declare não ter a certeza de que D. João II recebeu tais informações.
A questão fundamental é a seguinte: Teria tal texto chegado às mãos de D. João II? E, em caso afirmativo, teria o seu conteúdo sido transmitido a Vasco da Gama?
"Vasco da Gama - O Homem, A Viagem, A Época", Luís Adão da Fonseca, Edição do Comissariado da Exposição Mundial de Lisboa de 1998 e da Comissão de Coordenação da Região do Alentejo, 1997, pp. 151 e 154
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