terça-feira, 28 de abril de 2009

Era uma vez… Portugal (XIX)

via Carreira da Índia de Leonel Vicente em 28/04/09

OS PORTUGUESES EM MARROCOS NO SÉCULO XV

Durante mais de trezentos anos, mais concretamente entre 1415 e 1769, Portugal teve possessões no Norte de África. Isto mostra que Marrocos acompanhou toda a época dos Descobrimentos, desde os seus primórdios até aos meados do século XVIII. O interesse português por esta região teve, de facto, altos e baixos, épocas de grande empenho e alturas de desinteresse, ao mesmo tempo em que se explorava a costa africana e se colonizavam os arquipélagos atlânticos, em que chegava à Índia e se descobria o Brasil, em que Portugal perdia e depois recuperava a sua independência. Vamos falar, hoje e na próxima semana, deste percurso da presença portuguesa em Marrocos e das suas principais etapas.

O primeiro grande marco que assinala o início da expansão portuguesa teve lugar em Marrocos. Trata-se, como é bem sabido, da conquista de Ceuta, que ocorreu em 1415. No entanto, o interesse português, ou europeu na generalidade, pelo Norte de África é bem anterior. É preciso compreender que, na mentalidade europeia do século XV, se considerava Marrocos como o prolongamento natural da Península Ibérica, estando ambas as regiões ligadas por antigas e fortes raízes geográficas, culturais e económicas. No entanto, havia uma separação, uma inimizade radical: a Europa era cristã, e Marrocos muçulmano. Mas aqui sabia-se que o Norte de África havia, muito tempo atrás, sido cristão. No século XV, já não restava território muçulmano em Portugal; a chamada "Reconquista" havia terminado há mais de cem anos, mas entendia-se que o esforço de recuperar o antigo território para a Cristandade bem podia estender-se para lá do Estreito de Gibraltar. Havia ainda um reino muçulmano na Península, o reino de Granada, mas os castelhanos não aceitariam uma interferência portuguesa no que consideravam ser território seu a conquistar a curto prazo. Só o fariam, no entanto, em 1492.

Em Portugal haviam assim uma predisposição latente para continuar o avanço para Sul. O momento para tal só surgiu, porém, em 1415. Quais os motivos que levaram os portugueses a tal acto, e porquê só nesta data? As razões são múltiplas. Em primeiro lugar, Portugal havia saído de uma longa guerra com Castela, onde assegurou a sua independência, com uma nova dinastia, a do Mestre de Avis, agora D. João I, e uma nova classe dirigente e aguerrida. Após a assinatura da paz com os castelhanos, em 1411, sentia-se a necessidade de agir no sentido de valorizar Portugal aos olhos de toda a Cristandade, e igualmente impôr algum respeito aos nossos vizinhos. Para tal, nada melhor do que tomar uma cidade muçulmana, o que era, aliás, abençoado pelo Papa e celebrado por toda a Europa. Uma vez que Castela vedava o acesso a Granada, Marrocos era a melhor escolha.

Por esta altura, havia uma concordância quase total em conquistar Ceuta, desde ao rei aos infantes, da nobreza á burguesia de Lisboa. Sendo Ceuta uma rica cidade, onde afluíam diversas mercadorias de todo o Mundo Muçulmano, era uma boa oportunidade para obter uma rica presa e tentar lucrar futuramente com tal conquista. Aliás, o domínio da cidade seria uma posição estratégica importante no Estreito de Gibraltar, que dominava a entrada do Mediterrâneo, permitindo combater a pirataria moura na região e abrir o acesso a uma região rica em recursos, desde as pescas ao comércio do ouro, do açúcar e dos cereais do Sul de Marrocos.

Após a conquista da cidade, os portugueses cedo se aperceberam que uma coisa era tomar Ceuta, outra bem mais difícil era mantê-la em mãos portuguesas. A cidade passou a estar periodicamente cercada, obrigando ao envio permanente de tropas e mantimentos. Esta inesperada resistência e hostilidade aos portugueses impedia o que se julgava bem mais fácil, isto é, o prosseguimento da conquista de Marrocos que muitos advogavam. Assim, uma boa parte da classe dirigente portuguesa passou a preferir um outro vector de expansão, mais pacífico e menos dispendioso: o das viagens de descobrimento da costa e de comércio pacífico, assim como o da colonização da Madeira e dos Açores, entretanto descobertos. Esta via de expansão teve um importante defensor na pessoa do Infante D. Pedro, sobretudo após o fracasso da segunda tentativa de avanço em Marrocos, o malogrado ataque a Tânger, onde ficou refém o seu irmão D. Fernando. No entanto, é preciso entender que, aos olhos da mentalidade da época, as viagens de descobrimento e de comércio pacífico na costa africana não tinham o prestígio e o valor das conquistas guerreiras e da guerra aos muçulmanos, e os portugueses, a começar pelo Infante D. Henrique, para aqui se voltaram apenas porque o prosseguimento da conquista marroquina surgia como inviável.

Ao longo do século XV, assim, os portugueses voltaram ocasionalmente à conquista marroquina, sempre que tal surgia como uma boa oportunidade. Durante a regência do Infante D. Pedro, como vimos, os portugueses viram-se para a exploração atlântica, sendo uma época de rápido avanço para Sul e do incremento do comércio africano. Porém, com a subida ao trono de D. Afonso V, após a batalha de Alfarrobeira, Marrocos volta novamente a ser uma prioridade, em boa parte devido ao interesse pessoal deste rei. Entretanto, morre o Infante D. Henrique, o grande promotor dos Dscobrimentos, pelo que as viagens sofrem um momentâneo impasse. A conquista de Marrocos está, assim, novamente na ordem do dia.

Durante este reinado os portugueses tomaram Alcácer-Ceguer, Tânger e Arzila. O rei participou em pessoa na conquista desta última cidade, assim como o seu filho D. João, futuro D. João II, que aqui foi armado cavaleiro com 16 anos de idade devido à sua valentia demosntrada em combate. Eis como descreve o cronista Rui de Pina o comportamento do príncipe em Arzila:

"Certamente era grande glória ver aquele dia na mão do príncipe em idade de 16 anos sua espada de bravos golpes torcida, e de sangue de infiéis em todo banhada, em cuja vista a maior parte da alegria era de El-Rei seu pai, que naquela vitória e perigo o tomou por parceiro, vendo que em ajuda tão necessária e perigo tão conhecido não poderá no mundo escolher melhor companheiro do aquele que gerara por filho."

Com D. João II, nova viragem. Marrocos passa a deter definitivamente um papel subalterno na expansão portuguesa. O avanço na costa africana e a descoberta do caminho marítimo para a Índia são doravante os grandes objectivos. Por esta altura, os horizontes dos portugueses alargavam-se a um ritmo muito rápido. Marrocos era apenas uma peça no plano mais vasto de expansão do rei D. João, que retoma o interesse meramente pacífico e comercial do seu tio o infante D. Pedro, abandonando a política de conquistas. O seu principal interesse em Marrocos era o de obter produtos que servissem para o comércio da Guiné, que nesta altura conhece uma grande expansão. Assim, o rei irá promover os contactos e a penetração pacífica, o atenuou bastante o clima de permanente tensão que se vivia junto das praças portuguesas. Durante o seu reinado, as cidades de Safim e Azamor, no sul de Marrocos, colocam-se sob a protecção portuguesa. D. João II conseguiu abrir uma feitoria em Orão e uma em Fez, no coração de Marrocos, o que espelha bem o ambiente pacífico que conseguiu promover. Fracassou, porém, a sua tentativa de construir uma fortaleza no Algarve marroquino, a Graciosa.

No reinado seguinte, de D. Manuel, os portugueses voltam a interessar-se por Marrocos, assinalando o auge da presença portuguesa nesta região, como veremos em breve.

Paulo Jorge de Sousa Pinto - texto de apoio a programas de rádio sob a designação "Era uma vez… Portugal", emitidos entre 1993 e 1996 pela RDP-Internacional, em associação com a Sociedade Histórica da Independência de Portugal

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Salazar e Nun'Álvares Pereira

Era uma vez… Portugal (XVIII)

via Carreira da Índia de Leonel Vicente em 27/04/09

MARTIM AFONSO DE SOUSA E A COLONIZAÇÃO DO BRASIL

A descoberta do Brasil por Pedro Álvares Cabral, no ano de 1500, não despertou grande interesse em Portugal. Durante os anos seguintes, os portugueses limitaram-se a reconhecer algumas partes da costa brasileira e construir alguns fortes. Nesta época, todas as atenções estavam voltadas para a Índia e para a consolidação da presença portuguesa no Oriente. Era aqui que o rei D. Manuel investia os seus recursos, sendo o Brasil apenas um ponto de apoio ás naus que regressavam da Índia. O pau-brasil era o seu produto mais apreciado e importante, mas em nada comparável ás especiarias que os portugueses traziam do Oriente. Pretendia-se também reconhecer a costa, e saber até onde se estendia a terra que, segundo o Tratado de Tordesilhas, cabia por direito a Portugal. Assim, o Brasil desempenhou, até á década de 1530, um papel secundário no seio do Império Português. A certa altura, porém, os portugueses começam a interessar-se pelo Brasil, interesse esse despoletado por um factor essencial: a ameaça francesa que pairava sobre os interesses portugueses. É, de facto, a interferência francesa no Atlântico, ao enviar armadas ao Brasil, ameaçando a segurança da Rota do Cabo, que ligava Portugal ao Oriente, que levaria os portugueses a agir rapidamente no sentido da fixação permanente. E assim se iniciou a colonização da costa brasileira.

O problema da concorrência europeia nos mares explorados pelos portugueses é algo que se colocou em todo o processo dos Descobrimentos. O Tratado de Tordesilhas, assinado entre D. João II e os Reis Católicos de Espanha, deixava de fora outras potências, que cobiçavam cada vez mais os proveitos retirados pelos portugueses e espanhóis, quer no Oriente, quer no Novo Mundo. Os franceses foram os primeiros: logo em 1503 preparam uma armada com destino ao Índico, tendo contratado dois pilotos portugueses. Porém, uma tempestade arrasta-a á costa brasileira, onde carrega pau-brasil. Nos anos seguintes, o rei de França favorece e dá cobertura a diversas iniciativas de corsários franceses no Brasil, que para além de se abastecerem do referido produto pretendiam interceptar os navios portugueses regressados da Índia, carregados de especiarias. D. Manuel, e mais tarde D. João III, responde a esta ameaça com duas ofensivas: em primeiro lugar, enviando armadas de policiamento do Atlântico e da costa brasileira, e construindo aqui uma rede de feitorias que consolidassem a presença portuguesa; depois, desencadeando uma ofensiva diplomática junto da corte francesa e da Santa Sé, protestando e reclamando os direitos de Portugal á navegação atlântica.

A diplomacia não conseguiu, porém, resolver o conflito. Pelo contrário, este agravou-se, e no fim da década de 1520 D. João III apercebe-se da gravidade da situação e da dimensão da ameaça francesa, e passa a considerar várias propostas de colonização e de fixação permanente no Brasil. Acabou por agir rapidamente, preparando logo em 1530 uma grande frota com destino ao Brasil, comandada por Martim Afonso de Sousa e levando cerca de 400 povoadores, entre portugueses, alemães e italianos. Assim se iniciou verdadeiramente a colonização portuguesa no Brasil.

A missão de Martim Afonso de Sousa era vasta: Policiar a costa brasileira e expulsar os franceses; reconhecer de forma profunda a costa, desde o Amazonas até ao Rio da Prata, assinalando a soberania portuguesa em diversos locais; procurar vestígios de metais preciosos; iniciar a colonização, estabelecendo as condições necessárias para o povoamento. Tinha poderes correspondentes a um verdadeiro governador, jurídicos, administrativos, militares e económicos. Levou a bom termo a missão que lhe foi confiada, mau-grado os poucos recursos de que dispunha para tal empresa. Uma das acções que contribuiram para o seu bom êxito foi o contacto com os portugueses anteriormente instalados em algumas localidades, que tinham boas relações com as populações locais: tal facilitou a fixação dos povoadores junto das populações índias que se mostravam abertas aos portugueses. Convém não esquecer que outras já se haviam revelado hostis, havendo mesmo alguns grupos aliados dos franceses.

Mas o aspecto mais importante da acção de Martim Afonso de Sousa diz respeito á colonização propriamente dita, iniciada no sul, onde a presença portuguesa era mais débil. A 22 de Janeiro de 1532, os portugueses fundam duas vilas: a de S. Vicente, na costa e, um pouco no interior, junto ao rio Piratininga, a que mais tarde se chamaria S. Paulo. Tal acontecimento ficou registado no diário de Pero Lopes de Sousa, irmão de Martim Afonso de Sousa, que conta:

"Terça feira, pela manhã, fui num batel da banda de aloeste da baía e achei um rio estreito, em que as naus se podiam correger, por ser muito abrigado de todos os ventos, e á tarde metemos as naus dentro com o vento sul. Como fomos dentro, mandou o capitão fazer uma casa em terra para meter as velas e enxárcia. Aqui, neste porto de São Vicente, varámos uma nau em terra. A todos nos pareceu tão bem esta terra, que o capitão determinou de a povoar e deu a todos os homens terras para fazerem fazendas e fez uma vila na ilha de São Vicente e outra nove léguas dentro pelo sertão, á borda de um rio que se chama Piratininga, e repartiu a gente nestas duas vilas e fez nelas oficiais e pôs tudo em boa obra de justiça, de que a gente toda tomou muita consolação com verem povoar vilas e ter leis e sacrifícios e celebrar matrimónios e viverem em comunicação das artes e ser cada um senhor do seu (…)".

Foi este um dos grandes núcleos da presença portuguesa no Brasil, e aquele em que se deu início á exploração agrícola. Aqui se experimentou o cultivo da vinha e do trigo, mas sobretudo o da cana-de-açúcar, com a instalação dos respectivos engenhos. Foi também incrementada a pecuária, com o recurso a gado proveniente de Cabo Verde e adaptado ao clima local. Já anteriormente, porém, se havia lançado gado com vista á sua aclimatação. Ao regressar a Portugal com os resultados da sua missão, Martim Afonso de Sousa faz escala em Pernambuco, onde expulsa os franceses aí instalados, e destrói a respectiva fortaleza.
Iniciada a colonização com a expedição de Martim Afonso de Sousa, era necessário dar-lhe continuidade. Mas o rei D. João III apercebe-se de que a Coroa não tinha poder nem recursos suficientes para promover por si só a colonização da costa brasileira, que era demasiado vasta. Como a ameaça francesa permanecia um motivo de preocupação, decide então adoptar o modelo já aplicado com sucesso ás ilhas atlânticas, o das capitanias. Na prática, isto consistiu na divisão da linha de costa em lotes, que foram entregues a diversos capitães, abrangendo todo o Brasil. Cada capitão teria a obrigação de, ás suas custas, promover o povoamento, impedir a fixação dos franceses, explorar a terra e os seus recursos, e procurar metais preciosos. Tinha direito a algumas parcelas de terra, e a outros rendimentos que compensavam os seus encargos com a colonização. Deste modo, foi possível prosseguir o trabalho de povoamento que, com alguma s alterações, subsistiu até muito tarde, e permitiu enfrentar as ameaças á presença portuguesa no continente, nomeadamente a holandesa, já no século XVII.

Quanto a Martim Afonso de Sousa, ao chegar a Lisboa, é nomeado capitão-mor da Índia, para onde parte em 1534. Os seus serviços no Oriente foram de tal maneira importantes que o rei o nomeia vice-rei da Índia alguns anos depois. Não mais voltou a terras brasileiras, permanecendo a partir de 1547 como conselheiro do rei. Viria a falecer apenas em 1571, ficando para sempre registado o seu nome como o responsável pelo início da colonização portuguesa no Brasil.

Paulo Jorge de Sousa Pinto - texto de apoio a programas de rádio sob a designação "Era uma vez… Portugal", emitidos entre 1993 e 1996 pela RDP-Internacional, em associação com a Sociedade Histórica da Independência de Portugal

Era uma vez… Portugal (XVIII)

via Carreira da Índia de Leonel Vicente em 26/04/09

MARTIM AFONSO DE SOUSA E A COLONIZAÇÃO DO BRASIL

A descoberta do Brasil por Pedro Álvares Cabral, no ano de 1500, não despertou grande interesse em Portugal. Durante os anos seguintes, os portugueses limitaram-se a reconhecer algumas partes da costa brasileira e construir alguns fortes. Nesta época, todas as atenções estavam voltadas para a Índia e para a consolidação da presença portuguesa no Oriente. Era aqui que o rei D. Manuel investia os seus recursos, sendo o Brasil apenas um ponto de apoio ás naus que regressavam da Índia. O pau-brasil era o seu produto mais apreciado e importante, mas em nada comparável ás especiarias que os portugueses traziam do Oriente. Pretendia-se também reconhecer a costa, e saber até onde se estendia a terra que, segundo o Tratado de Tordesilhas, cabia por direito a Portugal. Assim, o Brasil desempenhou, até á década de 1530, um papel secundário no seio do Império Português. A certa altura, porém, os portugueses começam a interessar-se pelo Brasil, interesse esse despoletado por um factor essencial: a ameaça francesa que pairava sobre os interesses portugueses. É, de facto, a interferência francesa no Atlântico, ao enviar armadas ao Brasil, ameaçando a segurança da Rota do Cabo, que ligava Portugal ao Oriente, que levaria os portugueses a agir rapidamente no sentido da fixação permanente. E assim se iniciou a colonização da costa brasileira.

O problema da concorrência europeia nos mares explorados pelos portugueses é algo que se colocou em todo o processo dos Descobrimentos. O Tratado de Tordesilhas, assinado entre D. João II e os Reis Católicos de Espanha, deixava de fora outras potências, que cobiçavam cada vez mais os proveitos retirados pelos portugueses e espanhóis, quer no Oriente, quer no Novo Mundo. Os franceses foram os primeiros: logo em 1503 preparam uma armada com destino ao Índico, tendo contratado dois pilotos portugueses. Porém, uma tempestade arrasta-a á costa brasileira, onde carrega pau-brasil. Nos anos seguintes, o rei de França favorece e dá cobertura a diversas iniciativas de corsários franceses no Brasil, que para além de se abastecerem do referido produto pretendiam interceptar os navios portugueses regressados da Índia, carregados de especiarias. D. Manuel, e mais tarde D. João III, responde a esta ameaça com duas ofensivas: em primeiro lugar, enviando armadas de policiamento do Atlântico e da costa brasileira, e construindo aqui uma rede de feitorias que consolidassem a presença portuguesa; depois, desencadeando uma ofensiva diplomática junto da corte francesa e da Santa Sé, protestando e reclamando os direitos de Portugal á navegação atlântica.

A diplomacia não conseguiu, porém, resolver o conflito. Pelo contrário, este agravou-se, e no fim da década de 1520 D. João III apercebe-se da gravidade da situação e da dimensão da ameaça francesa, e passa a considerar várias propostas de colonização e de fixação permanente no Brasil. Acabou por agir rapidamente, preparando logo em 1530 uma grande frota com destino ao Brasil, comandada por Martim Afonso de Sousa e levando cerca de 400 povoadores, entre portugueses, alemães e italianos. Assim se iniciou verdadeiramente a colonização portuguesa no Brasil.

A missão de Martim Afonso de Sousa era vasta: Policiar a costa brasileira e expulsar os franceses; reconhecer de forma profunda a costa, desde o Amazonas até ao Rio da Prata, assinalando a soberania portuguesa em diversos locais; procurar vestígios de metais preciosos; iniciar a colonização, estabelecendo as condições necessárias para o povoamento. Tinha poderes correspondentes a um verdadeiro governador, jurídicos, administrativos, militares e económicos. Levou a bom termo a missão que lhe foi confiada, mau-grado os poucos recursos de que dispunha para tal empresa. Uma das acções que contribuiram para o seu bom êxito foi o contacto com os portugueses anteriormente instalados em algumas localidades, que tinham boas relações com as populações locais: tal facilitou a fixação dos povoadores junto das populações índias que se mostravam abertas aos portugueses. Convém não esquecer que outras já se haviam revelado hostis, havendo mesmo alguns grupos aliados dos franceses.

Mas o aspecto mais importante da acção de Martim Afonso de Sousa diz respeito á colonização propriamente dita, iniciada no sul, onde a presença portuguesa era mais débil. A 22 de Janeiro de 1532, os portugueses fundam duas vilas: a de S. Vicente, na costa e, um pouco no interior, junto ao rio Piratininga, a que mais tarde se chamaria S. Paulo. Tal acontecimento ficou registado no diário de Pero Lopes de Sousa, irmão de Martim Afonso de Sousa, que conta:

"Terça feira, pela manhã, fui num batel da banda de aloeste da baía e achei um rio estreito, em que as naus se podiam correger, por ser muito abrigado de todos os ventos, e á tarde metemos as naus dentro com o vento sul. Como fomos dentro, mandou o capitão fazer uma casa em terra para meter as velas e enxárcia. Aqui, neste porto de São Vicente, varámos uma nau em terra. A todos nos pareceu tão bem esta terra, que o capitão determinou de a povoar e deu a todos os homens terras para fazerem fazendas e fez uma vila na ilha de São Vicente e outra nove léguas dentro pelo sertão, á borda de um rio que se chama Piratininga, e repartiu a gente nestas duas vilas e fez nelas oficiais e pôs tudo em boa obra de justiça, de que a gente toda tomou muita consolação com verem povoar vilas e ter leis e sacrifícios e celebrar matrimónios e viverem em comunicação das artes e ser cada um senhor do seu (…)".

Foi este um dos grandes núcleos da presença portuguesa no Brasil, e aquele em que se deu início á exploração agrícola. Aqui se experimentou o cultivo da vinha e do trigo, mas sobretudo o da cana-de-açúcar, com a instalação dos respectivos engenhos. Foi também incrementada a pecuária, com o recurso a gado proveniente de Cabo Verde e adaptado ao clima local. Já anteriormente, porém, se havia lançado gado com vista á sua aclimatação. Ao regressar a Portugal com os resultados da sua missão, Martim Afonso de Sousa faz escala em Pernambuco, onde expulsa os franceses aí instalados, e destrói a respectiva fortaleza.

Iniciada a colonização com a expedição de Martim Afonso de Sousa, era necessário dar-lhe continuidade. Mas o rei D. João III apercebe-se de que a Coroa não tinha poder nem recursos suficientes para promover por si só a colonização da costa brasileira, que era demasiado vasta. Como a ameaça francesa permanecia um motivo de preocupação, decide então adoptar o modelo já aplicado com sucesso ás ilhas atlânticas, o das capitanias. Na prática, isto consistiu na divisão da linha de costa em lotes, que foram entregues a diversos capitães, abrangendo todo o Brasil. Cada capitão teria a obrigação de, ás suas custas, promover o povoamento, impedir a fixação dos franceses, explorar a terra e os seus recursos, e procurar metais preciosos. Tinha direito a algumas parcelas de terra, e a outros rendimentos que compensavam os seus encargos com a colonização. Deste modo, foi possível prosseguir o trabalho de povoamento que, com alguma s alterações, subsistiu até muito tarde, e permitiu enfrentar as ameaças á presença portuguesa no continente, nomeadamente a holandesa, já no século XVII.

Quanto a Martim Afonso de Sousa, ao chegar a Lisboa, é nomeado capitão-mor da Índia, para onde parte em 1534. Os seus serviços no Oriente foram de tal maneira importantes que o rei o nomeia vice-rei da Índia alguns anos depois. Não mais voltou a terras brasileiras, permanecendo a partir de 1547 como conselheiro do rei. Viria a falecer apenas em 1571, ficando para sempre registado o seu nome como o responsável pelo início da colonização portuguesa no Brasil.

Paulo Jorge de Sousa Pinto - texto de apoio a programas de rádio sob a designação "Era uma vez… Portugal", emitidos entre 1993 e 1996 pela RDP-Internacional, em associação com a Sociedade Histórica da Independência de Portugal

Recomeçar tudo

via INCONFORMISTA.INFO de Miguel Vaz em 22/04/09
«Ainda há pouco, há poucochinho, nós, portugueses, éramos um império dilatado a todo o mundo, e já hoje por hoje não somos senão uma courela exiguamente entaipada na Península, um grotesco retalho de Europa de lilli­putianas proporções, um pobre lameiro irrelevante, um rematadito bairro‑da‑lata... Encolhemos. En­colheram‑nos! E da nossa vocação nacional‑universalista não há mais que falar. Ou ainda há, talvez, mas só naquela mesma medida em que certa personagem de Agustina colocava a questão, quando "dizia que a África haveria de conter o fantasma do português em tudo o que o subs­tituísse".
Àparte isso, a única alternativa em aberto, que nos sobra por agora, con­sistirá em nos glosarmos e em nos repetirmos historicamente passo por passo ‑ fundando‑nos de novo como Nação vocacionada e soberana, e erigindo‑nos novamente como Povo às culminâncias do que nos está cometido empreender ainda.
Trata‑se de principiarmos outra vez a ser coisa que se veja, e de recomeçar tudo, em segunda edição. Se neces­sário, a partir dos Hermínios...
Responder à afundação da na­cionalidade mediante uma segunda fundação da mesma; e, com alguns tantos fundadores, tratar de replicar à desalmada horda dos afundadores!
Recapitulando e concluindo. De agora em diante, há que rapar virilmen­te da caneta e de uma folha em branco, e começar a escrever tudo de novo ‑ tendo sempre bem presente que a nos­sa acção há‑de ser ditada por desígnios eminentemente fundacionais, sob pena de nada valer de nada.»


domingo, 26 de abril de 2009

QUANDO OS CRAVOS MURCHAM

via CACETEIRO de noreply@blogger.com (caceteiro) em 25/04/09

"Na manhã de 25 de Abril de 1974 um amigo do professor Bissaia Barreto telefonou-lhe: rebentara uma revolução, que já se declarava triunfante. O velho mestre de Coimbra, que fora dentro do Estado Novo o cabecilha da corrente democrática, teve apenas este comentário: - «Olhe, meu amigo, rebentou um cano de esgoto.»"

Barradas de Oliveira, Quando os Cravos Murcham, pág. 9

Um grupelho destes energúmenos criminosos - EM NOME DE UNS QUANTOS TOSTÕES, DESTRUÍRAM A MAIS ANTIGA NAÇÃO DA EUROPA

Conquistada a pulso firme homens de honra e coragem por Heróis sobre as suas vidas, com audácia e coragem, sofrimento e lágrimas, sob juramento de lealdade, dedicação e amor na defesa ao serviço da sua Nação.

Um exército é uma das bases da estabilidade, da confiança, da defesa, do respeito, da dignidade, do prestígio, do orgulho, da honra de qualquer Nação civilizada. Existem situações das quais inaptos não podem participar, mesmo na mais simples situação, os ignorantes não sabem como tratar, pior se torna quando ignorantes têm propensão ao crime organizado.

No exército de Portugal existiram Heróis, homens com honra, coragem e patriotismo que deram e davam as suas vidas pela defesa da sua Pátria, mas todos nós sentimos como vítimas que nas suas fileiras perfilavam uma espécie de canalha, criminosa apátrida.

Um grupo de soldados a 25 de Abril de 1974 – destes criminosos –, saíram de um qualquer quartel utilizando abusivamente de forma ilícita material de guerra que se encontra confiado a um exército e atentaram contra a Pátria, em paz (sim, paz !!! porque não se pode chamar guerra a focos de terroristas), utilizando esse material de guerra não para defesa da Pátria, mas, contra a sua própria Pátria (Crime de Lesa-Pátria, só assistido em Portugal como um país da Europa), e civilizado na altura).

A causa!? Por mais erróneo que seja, por mais que às mentes e compreensão de milhões de portugueses seja repugnante a razão não se encontre uma justificação para tão desprezível e apátrida acto dizem eles: por reivindicação por aumento de salários !!!.

Não atentaram contra uma entidade particular, utilizaram armas de guerra propriedade de um Estado para a defesa da sua integridade territorial como Nação e a paz dos seus povos.

Poderemos imaginar facilmente as consequências se um qualquer empregado para reivindicar um qualquer status laboral ou aumento no seu salário o fizesse sob coacção pelo terror de uma qualquer arma de fogo,(na hipótese seria morto ou preso e expulso do local de trabalho) essa seria a justiça adequada, para um desequilibrado de índole criminosa.

Um grupelho destes energúmenos criminosos, que pelo seu comportamento e participação na amputação da Pátria , e pelos consequentes dramas daí resultantes, são impróprios de viver paredes meias com pessoas que se bateram em defesa da mais antiga Nação da Europa.

Se sem ambiguidades estes monte de excrementos que medraram entre a traição a hipocrisia e a vilania para esta escória da sociedade, o destino será o contentor dos resíduos da Pátria ou a valeta dos detritos da História, tornou-se no carrasco de um povo que foi grande e que desde 1974 definha, por lhe terem destruído a mística, anulado a personalidade e alienado o sentido Pátrio numa democracia imposta pelas prisões arbitrárias, por sevícias a civis e a militares feitas por energúmenos fardados; por esbulhos, por ocupações selvagens, por violação à justica, por espancamentos, por coacções psicológicas, por afrontas a gente humilde e honrada, não se pode dizer que este regime seja límpido e cristalino, como os intitulados pais da pequena pátria pretendem fazer crer.

Entendemos nós que a democracia genuína não se impõe pela força das armas, nem pela constante mentira. Não foi o povo que se levantou e lutou pelo regime político em que

vivemos desde 1974. A democracia que nos oprime psicologicamente emergiu de um golpe militar que teve origem em reivindicações de uns quantos improbos, insanes, malfardados. Enfraquecida a Nação, depauperado o sentido Pátrio, anestesiado o povo as perspectivas que se abrem aos portugueses são muito sombrias, pressagiando um colapso de consequências imprevisíveis.

Os novos detentores do poder tentam iludir o povo fogem ao esclarecimento dos nefastos acontecimentos que fizeram submergir Portugal num turbilhão de angustiados dramas sob constante ameaça vinda de fora da perda da própria nacionalidade.

O pior que poderia ter acontecido a Portugal e aos portugueses é o de terem sido sobrecarregados por um grupo de indivíduos desorientados pela ambição do mando, que à sombra de uma ideologia estranha a Portugal, cujos seguidores se tratavam por camaradas, desprestigiaram, empobreceram e reduziram Portugal a uma dimensão impensável.

Que se poderá chamar a quantos contribuíram para tamanha tragédia se não Dejectos da sociedade. Cristina da Nóbrega - Monte Estoril Publicado nowww.aloportugal.org

 Fonte: Blogue "aloportugal.org" – post de Cristina da Nóbrega

(título desconhecido) - Homenagem" ao 25 de Abril" - As bichas do nosso desconforto

via DA TAILÂNDIA COM AMOR E HUMOR de Jose Martins em 24/04/09



Homenagem" ao 25 de Abril"
As bichas do nosso desconforto
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Quando vim de África, juntamente com as levas de famílias que de lá vieram também, nos aviões solidários dos TAP, que sucessivamente nos iam despejando cá, na debandada provocada pelo momento feliz que estamos todos a festejar pela trigésima quinta vez com o mesmo cravo rubro na botoeira, habituei-me às bichas da documentação necessária para as transferências dos adultos e das crianças – primeiro lá e depois aqui. Bichas longas, entediantes, morosas, vividas na surpresa do caos que sobre nós desabara com a descolonização.
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Muitos são os heróis que promoveram essa surpresa, bem galardoados pelos seus feitos heróicos em promoções, bons ganhos e perpetuidade na glória. Passado tempo, ultrapassadas as bichas da papelada para reorganização material da vida cá, outras bichas surgiram, mais longas e entediantes ainda, pois duravam o dia inteiro, com continuação, por vezes no seguinte, para se receber o vencimento, reduzido a metade, na situação de funcionários adidos. Eram as bichas no B. N. Ultramarino, ao Rossio, inicialmente, posteriormente transpostas para a FIL, com as avalanches em acréscimo imparável.
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Mas, enfim, a Pátria estendera-nos a mão, restava-nos cumprir e adaptar-nos. O sentimento envergonhado de equiparação com outras levas – de animais ou de desterrados Judeus - não ousávamos manifestá-lo, reconhecendo-nos numa posição infinitamente superior à daqueles, mimados nós outros no confronto.
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Adaptámo-nos. As bichas pararam, excepto as das greves aos produtos. Outras vidas se ergueram, na pretensa estabilidade trazida pela ajuda europeia. Mas a democracia por que os bem intencionados ou os fala-baratos lutaram, ruíra, no outro caos dos laxismos, que generalizaram a indisciplina moral e mental, levando à nossa miséria.
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Outras bichas se formaram e estas estão para se manter. Jovens sem futuro, velhos sem arrimo, os telejornais os mostram, maltrajados, infelizes, tristes, os filhos do nosso amor, que a Pátria, esgotada de recursos, porque houve quem os sugasse, não pode mais obter, desde que a prevaricação se institucionalizou. Custa olhar!
Berta Brás
www.aloportugal.org/
Um grupelho destes energúmenos criminosos
EM NOME DE UNS QUANTOS TOSTÕES, DESTRUÍRAM A MAIS ANTIGA NAÇÃO DA EUROPA.
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Conquistada a pulso firme homens de honra e coragem por Heróis sobre as suas vidas, com audácia e coragem, sofrimento e lágimas, sob juramento de lealdade, dedicação e amor na defesa ao serviço da sua Nação.
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Um exército é uma das bases da estabilidade, da confiança, da defesa, do respeito, da dignidade, do prestígio, do orgulho, da honra de qualquer Nação civilizada. Existem situações das quais inaptos não podem participar, mesmo na mais simples situação, os ignorantes não sabem como tratar, pior se torna quando ignorantes têm propensão ao crime organizado.
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No exército de Portugal existiram Heróis, homens com honra, coragem e patriotismo que deram e davam as suas vidas pela defesa da sua Pátria, mas todos nós sentimos como vítimas que nas suas fileiras perfilavam uma espécie de canalha, criminosa apátrida.
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Um grupo de soldados a 25 de Abril de 1974 – destes criminosos –, saíram de um qualquer quartel utilizando abusivamente de forma ilícita material de guerra que se encontra confiado a um exército e atentaram contra a Pátria, em paz (sim, paz !!! porque não se pode chamar guerra a focos de terroristas), utilizando esse material de guerra não para defesa da Pátria, mas, contra a sua própria Pátria (Crime de Lesa-Pátria, só assistido em Portugal como um país da Europa), e civilizado na altura).
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A causa!? Por mais erróneo que seja, por mais que às mentes e compreensão de milhões de portugueses seja repugnante a razão não se encontre uma justificação para tão desprezível e apátrida acto dizem eles: por reivindicação por aumento de salários !!!.
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Não atentaram contra uma entidade particular, utilizaram armas de guerra propriedade de um Estado para a defesa da sua integridade territorial como Nação e a paz dos seus povos.
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Poderemos imaginar fácilmente as consequências se um qualquer empregado para reinvindicar um qualquer status laboral ou aumento no seu salário o fizesse sob coacção pelo terror de uma qualquer arma de fogo,(na hipótese seria morto ou preso e expulso do local de trabalho) essa seria a justiça adequada, para um desequilibrado de índole criminosa.
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Um grupelho destes energúmenos criminosos, que pelo seu comportamento e participação na amputação da Pátria , e pelos consequentes dramas daí resultantes, são impróprios de viver paredes meias com pessoas que se bateram em defesa da mais antiga Nação da Europa.
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Se sem ambiguidades estes monte de excrementos que medraram entre a traição a hipocrisia e a vilania para esta escória da sociedade, o destino será o contentor dos resíduos da Pátria ou a valeta dos detritos da História, tornou-se no carrasco de um povo que foi grande e que desde 1974 definha, por lhe terem destruído a mística, anulado a personalidade e alienado o sentido Pátrio numa democracia imposta pelas prisões arbitrárias, por sevícias a civis e a militares feitas por energúmenos fardados; por esbulhos, por ocupações selvagens, por violação à justica, por espancamentos, por coacções psicológicas, por afrontas a gente humilde e honrada, não se pode dizer que este regime seja límpido e cristalino, como os intitulados pais da pequena pátria pretendem fazer crer.
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Entendemos nós que a democracia genuína não se impõe pela força das armas, nem pela constante mentira.Não foi o povo que se levantou e lutou pelo regime político em que vivemos desde 1974. A democracia que nos oprime psicologicamente emergiu de um golpe militar que teve origem em reivindicações de uns quantos ímprobos insanes malfardados. Enfraquecida a Nação, depauperado o sentido Pátrio, anestesiado o povo as perspectivas que se abrem aos portugueses são muito sombrias, pressagiando um colapso de consequências imprevisíveis.
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Os novos detentores do poder tentam iludir o povo fogem ao esclarecimento dos nefastos acontecimentos que fizeram submergir portugal num turbilhão de angustiados dramas sob constante ameaça vinda de fora da perda da própria nacionalidade.
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O pior que poderia ter acontecido a portugal e aos portugueses é o de terem sido sobrecarregados por um grupo de indivíduos desorientados pela ambição do mando, que à sombra de uma ideologia estranha a Portugal, cujos seguidores se tratavam por camaradas, desprestigiaram, empobreceram e reduziram Portugal a uma dimensão impensável.
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Que se poderá chamar a quantos contribuiram para tamanha tragédia se não Dejectos da sociedade. Cristina da Nóbrega- Monte Estoril Publicado no www.aloportugal.org
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Nota minha: Porque esta foi a realidade e a tragédia do 25 Abril de 1974, tomei a liberdade de transcrever as peças que foram publicada no website acima designado.
José Martins