António Sardinha
in "O Território e a Raça".
Antologias é um espaço onde se colocam partes de textos de livros ou websites que tocam sobretudo as ciências do Homem: psicologia, história, sociologia. biografias, relatos de viagens e de explorações geográficas... É um espaço de referências de autores importantes...
Migrações e Relações Internacionais
A Obra das Mães e a caridadezinha
Descifrando el pensamiento del nuevo presidente de Estados Unidos
No es demasiado difícil. Después de su toma de posesión, Barack Obama declaró que la devolución del territorio ocupado por la Base Naval de Guantánamo a su legítimo dueño debía sopesar, en primer término, si afectaba o no en lo más mínimo, la capacidad defensiva de Estados Unidos.
Añadía de inmediato, que respecto a la devolución a Cuba del territorio ocupado por la misma, debía considerar bajo qué concesiones la parte cubana accedería a esa solución, lo cual equivale a la exigencia de un cambio en su sistema político, un precio contra el cual Cuba ha luchado durante medio siglo.
Mantener una base militar en Cuba contra la voluntad de nuestro pueblo, viola los más elementales principios del derecho internacional. Es una facultad del Presidente de Estados Unidos acatar esa norma sin condición alguna. No respetarla constituye un acto de soberbia y un abuso de su inmenso poder contra un pequeño país.
Si se desea comprender mejor el carácter abusivo del poder del imperio debe tomarse en cuenta las declaraciones publicadas en el sitio oficial de Internet por el gobierno de Estados Unidos el 22 de enero de 2009, después del acceso al mando, de Barack Obama. Biden y Obama deciden apoyar resueltamente la relación entre Estados Unidos e Israel, y consideran que el incontrovertible compromiso en Oriente Medio debe ser la seguridad de Israel, el principal aliado de Estados Unidos en la región.
Estados Unidos nunca se distanciará de Israel y su presidente y vicepresidente "creen resueltamente en el derecho de Israel de proteger sus ciudadanos", asegura la declaración de principios, que retoma en esos puntos la política seguida por el gobierno del predecesor de Obama, George W. Bush.
Es el modo de compartir el genocidio contra los palestinos en que ha caído nuestro amigo Obama. Edulcorantes similares ofrece a Rusia, China, Europa, América Latina y el resto del mundo, después que Estados Unidos convirtió a Israel en una importante potencia nuclear que absorbe cada año una parte significativa de las exportaciones de la próspera industria militar del imperio, con lo cual amenaza, con una violencia extrema, a la población de todos los países de fe musulmana.
Ejemplos parecidos abundan, no hace falta ser adivino. Léase, para más ilustración, las declaraciones del nuevo Jefe del Pentágono, experto en asuntos bélicos.
Fidel Castro Ruz
29 de enero de 2009
6 y 17 p.m.
“A Batalha de Diu, uma vingança pessoal”
Apesar de já estar substituído como vice-rei da Índia, D. Francisco de Almeida consegue ludibriar o novo representante do rei D. Manuel, Afonso de Albuquerque, e parte para Diu onde inflige uma derrota histórica aos Rumes, apenas para vingar a morte do filho, morto meses antes em Chaúl.
Para o comandante Saturnino Monteiro, (antigo professor da escola naval, autor da obra em oito volumes "Batalhas e Combates da Marinha Portuguesa" e um dos militares portugueses que participou na recuperação de Timor, em 1945, depois da saída dos japoneses) a Batalha de Diu, que se travou há 500 anos, a 3 de Fevereiro de 1509, foi "a mais importante de toda a História da Marinha Portuguesa e uma das mais importantes da História Naval Universal". Para este investigador e sob o ponto de vista estratégico esta batalha de aniquilamento "só encontra paralelo em Lepanto (1571), Aboukir (1798), Trafalgar (1805) ou Tsuchima (1905)" já que com esta vitória Portugal assegurava por quase um século, o domínio absoluto do oceano Índico.
Numa palestra realizada no dia 14 no Museu de Marinha, no âmbito das habituais "Conversas Informais", que aí se realizam aos segundos sábados de cada mês, Saturnino Monteiro explicou, não só os antecedentes desta empresa naval como, também, todo o desenrolar dos acontecimentos que levaram à estrondosa vitória da armada lusa.
A chegada dos portugueses ao Índico não foi pacífica já que para a maioria dos Rumes (nome geralmente dado a todos os habitantes muçulmanos desta região e que abrange árabes, mamelucos, turcos e indianos), e para os venezianos esta presença representava uma forte concorrência comercial.
Nesse contexto, Veneza irá apoiar com dinheiro e conhecimentos técnicos a construção de uma armada, construída em moldes europeus, capaz de fazer frente ao poderio naval português que será comandada por Mir-Hocem. Mesmo assim, Portugal beneficiava de vários factores, nomeadamente o facto de ter canhões de bronze, navios mais resistentes, uma infantaria bem preparada e couraçada e o inestimável apoio do rei de Cochim. O estabelecimento do comércio português nesta região foi, por isso, feito pela força.
Como antecedentes directos da batalha de Diu esteve, porém, um problema pessoal. Em Março de 1508, a frota de D. Lourenço de Almeida, filho do vice-rei, é atacada em Chaúl, pela armada de Mir-Hocem, beneficiando, também, de algum apoio de Meliqueaz, senhor de Diu, tendo D. Lourenço morrido durante a retirada portuguesa. Ambas as armadas ficaram muito danificadas, regressando a muçulmana a Diu e a portuguesa a Cochim.
Com uma poderosa armada, reforçada entretanto com mais naus que tinham chegado, por acaso de Lisboa, o vice-rei cessante dirige-se para Diu para vingar a morte do filho. A armada de Mir-Hoceim encontrava-se em formação, lado a lado, dentro do estreito canal de Diu, cuja entrada era guardada por dois fortes. Um pouco afastados, os fustes (embarcações ligeiras) de Diu estavam prontos a envolver a retaguarda da armada portuguesa. Provavelmente por indicação de João da Nola, homem experiente em confrontos navais que acompanhava a expedição, os navios portugueses entraram no canal em coluna, tendo ficado a nau Frol de La Mar e outras embarcações a bloquear a saída dos fustes.
Apesar de os portugueses terem começado por usar a artilharia, rapidamente passaram à abordagem e ao combate corpo a corpo.
Pelas cinco da tarde, a batalha estava ganha e os portugueses retiraram-se para o mar alto.
Apesar de, anteriormente, os presos portugueses de Chaúl terem sido bem tratados e entregues, a sede de vingança de D. Francisco de Almeida levou-o a matar de forma cruel todos os combatentes inimigos que nesse dia caíram nas mãos dos portugueses.
Margarida Magalhães Ramalho - Expresso
Heráldica dos Castro da Penha Verde
Malditos descobrimentos…(um país embriagado com mitos de grandeza)
O jornal Público de hoje traz uma "notícia" sobre um historiador brasileiro que nega a existência da chamada "Escola de Sagres". Embora o artigo até seja esclarecedor, indicando nomeadamente outros historiadores portugueses que defendem a mesma tese, é muito interessante olhar para a caixa de comentários onde são manifestadas opiniões de cariz xenófobo sobre o Brasil, causadas pela embriaguez que reina em Portugal com as chamadas "glórias do passado". Trata-se dum problema não exclusivamente português, mas antes de muitos países que não sabem viver com o seu passado de modo sério e desapaixonado. A Grécia, por exemplo, por ter sido considerada o "berço da democracia", sofre do mesmo irrealismo histórico, que sobrevaloriza um passado glorioso para melhor esquecer um presente sem glória e sobretudo manter-se tolhida, sem capacidade reformista para melhorar esse presente. Outro exemplo é a Sérvia (e outros países dos Balcâs) que, como dizia Churchill, "sofre de ter demasiada História para a sua pequena Geografia"). O próprio Brasil tem muito deste irrealismo "português" sobre a sua própria História, oscilando entre fases de euforia ("Deus é brasileiro") e de desânimo ("o Brasil não presta"), embora nas últimas duas décadas tenha finalmente beneficiado de governos verdadeiramente reformistas (2 mandatos de Fernando Henrique Cardoso e 2 de Lula da Silva), que colocaram o país no mapa do mundo com um estatuto à altura da sua dimensão e importância.
Os mitos dos Descobrimentos, criados pelos historiadores românticos do século XIX, reforçados com a República (1910-1928) e elevados à condição de "verdades indiscutíveis" durante o Estado Novo (1928-1974), ainda hoje têm grande influência na opinião pública portuguesa. É uma influência perniciosa, que nos dificulta a vida, pois prejudica a nossa capacidade de actuar com ponderação para levar a cabo as reformas tão necessárias ao país.
O problema dos mitos é que prejudicam as outras áreas políticas que ficam obscurecidas, mas prejudicam também a própria área que supostamente promovem. Não se entende por que motivo um país turístico como somos parece ser incapaz de explorar com inteligência aquela paisagem extraordinária que é o promontório de Sagres. Tudo o que se tem dito sobre aquele sítio (incluindo os tais "mitos") deveria estar exposto ali, sem estragar a paisagem.
Sei que há na administração pública e nos meios académicos da História pessoas que lutam por soluções interessantes para preservar e promover Sagres, mas infelizmente não sei se serão ouvidas. É que em Portugal dá sempre mais votos ser irrealista e clamar à mesa de café contra os "traidores à Pátria"….
Um grande museu no fim do mundo
Lisboa, capital europeia da espionagem (2)
Textos
33... e Mucandas de H. Baptista da Costa
Mukanda de Amor para Benguela de Ernesto Lara Filho
Fonte: Site "Casa de Angola"
Lisboa, capital europeia da espionagem (1)
Disse Churchill na House of Commons, ao fim da II Guerra, que o papel de Portugal no mundo não se devia apenas a sua importância geo-estratégica, mas, sobretudo, à craveira do seu governante, Salazar. Há 35 anos deitaram fora a "geo" e com ela a "estratégia". E relativamente à "craveira" a acepção também mudou: ficámos mesmo é bem cravados. Do Prec das melenas e dos pás ao Só-crash das quase-engenharias e dos freeports é um fartar, fartar. Só acaba quando termina... Prestige oblige.
Um bife na Brasileira do Chiado