via António Quadros by aquadrosferro@gmail.com (António Quadros Ferro) on 6/22/10
"[...] Efectivamente, se a política está, ou deve estar, subordinada à filosofia, conforme ficou para sempre estabelecido por Aristóteles, ser-me-ia lícito e fácil inferir que a política portuguesa pressupõe, ou deve pressupor, uma filosofia portuguesa. [...] Ciente dos meus limites, nunca respondi à crítica infalível dos opositores malévolos. Respeito e defendo a liberdade de opinião; não gosto de dizer palavras desagradáveis às pessoas; espero a hora da justiça pela distinção entre o Mal e o Bem. [...] Tudo o que é português - o pensamento, o conhecimento, o procedimento - passou a ser aferido e pautado pelos lineamentos internacionais que os estados mais fortes propunham ou impunham aos povos subdesenvolvidos. [...] O homem português deixara de pensar por si próprio, e descera àquela menoridade mental que convém à influência dos jornais, das revistas e dos livros que propagam e divulgam as certezas instantâneas da conservação social."
Álvaro Ribeiro,
Memórias de Um Letrado (1980) vol. 3.
Memórias de Um Letrado (1980) vol. 3.
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