segunda-feira, 3 de novembro de 2008

DIAMANTES

DIAMANTES

via Sopas de Pedra by A. M. Galopim de Carvalho on 11/3/08
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ESPÉCIE MINERAL CONSTITUÍDA POR CARBONO, frequentemente com impurezas de azoto, é a substância mais dura que se conhece na natureza. Esta qualidade e a sua muita resistência química conferem-lhe grande durabilidade, o que o tornou matéria-prima em inúmeras aplicações industriais. O seu nome, vindo da Antiguidade, radica no grego, adamans, que quer dizer indestrutível. Por outro lado, as suas características ópticas, com destaque para a transparência, o brilho e a dispersão da luz, fazem deste mineral uma das pedras preciosas mais procuradas e de mais alta cotação no mercado joalheiro. Geralmente incolor, ocorre, muitas vezes, em tons de amarelo e castanho claro, (no caso das gemas de maior circulação) e, muito raramente, em laranja, rosa, verde, azul e vermelho, tendo, nestes casos, a designação comercial de fancy, atingindo os mais altos preços. Gerado no interior da Terra, a grande profundidade, na ordem de 150 a 200 km, por vezes a quase 700 km, em rochas próprias desses ambientes (muito quentes e a grandes pressões), como são os eclogitos e os peridotitos, ascende, à superfície da crosta, em chaminés vulcânicas, como acontece na África do Sul, no Canadá ou na Austrália. Devido às suas grandes dureza e resistência química, sobrevive aos processos de alteração e erosão das rochas onde se encontra incluído, acabando por se libertar e concentrar em depósitos detríticos de areias e cascalho (placers) fluviais ou marinhos.
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A sua utilização como gema consome cerca de 20% da lavra, cifrada em mais de 160 milhões de quilates/ano (um quilate equivale a 0,2g). Além das variedades com interesse gemológico, há duas variedades, em agregados terrosos – o bort e o carbonado – com interesse nas indústrias de abrasivos e de equipamentos de corte e de perfuração.
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O grande valor desta espécie mineral, quer como gema quer como matéria-prima em muitas outras indústrias, levou à produção de diamantes sintéticos. Hoje vulgarizada, esta actividade, desenvolveu-se a partir dos anos 50 do século XX, datando de 1953 a produção do primeiro diamante artificial, por Henri Moisson, em Paris. Produzem-se anualmente mais de 100 toneladas de diamante sintético maioritariamente para a indústria, registando-se, no mercado, um número crescente de pedras com qualidade gemológica, quer incolores, quer em cores vivas.

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